Quando falamos de fitoterapia, muitos a associam com o ramo da Medicina Tradicional Chinesa. Por ser um conhecimento vindo de fora, tendemos a dar um valor maior à ele do que à Fitoterapia Brasileira. Mesmo crescendo no meio de tantos exemplos e práticas da fitoterapia brasileira, acabamos por esquecer que a variedade de plantas e ervas no brasil é imensa e que sim, a nossa fitoterapia também é milenar. 

O início da fitoterapia brasileira e a sua riqueza

Os conhecimentos fitoterápicos brasileiros vieram dos índios e sofreram modificações e aprofundamentos através da vinda dos negros e dos europeus ao Brasil. Podemos sim dizer que a fitoterapia brasileira também é um conhecimento milenar e bastante intenso, já que, cada região brasileira possui a sua própria variedade de ervas, plantas e óleos. Na colonização do Brasil, as classes marginalizadas só tinham como recorrer à fitoterapia para se tratar, isso ajudou a espalhar e a centralizar os estudos que vinham de cada parte do nosso extenso território. Os índios tinham um conhecimento medicinal de suas plantas locais, mas com os avanços tecnológicos e as unificações das regiões por ferrovias, os conhecimentos e plantas não ficavam restritos à apenas uma região, assim começou a se formar a fitoterapia brasileira.

A sabedoria popular

Um bom exemplo de como a nossa fitoterapia é vasta e possui resultados práticos, são os remédios da sabedoria popular que as nossas avós e familiares indicam. Sempre há alguém que conhece uma receita para melhorar as cólicas, inchaços, dor de cabeça, etc. Cada uma diferente da outra, usando uma outra composição e que no final das contas ajuda e muito. Isso nada mais é do que o uso da fitoterapia, mesmo que feito de uma forma mais leiga. 

Ervas diferentes, mas o mesmo resultado alcançado

Há sim uma diferença enorme na matéria prima utilizada por cada fitoterapia, afinal, China e Brasil são dois países muito diferente, cada um de um lado do mundo e com os seus próprios perfis climáticos, de cultivo, de solo, de chuva, etc. Por mais que cada um utilize as suas ervas e plantas locais, ambos conseguem tratar as mesmas malezas. Não há uma competição entre qual a melhor e mais completa fitoterapia, ambas podem ser utilizadas para oferecer ao paciente uma quantidade maior de tratamentos e para ver com qual composto o paciente consegue ter um processo de cura melhor.